Carta para guardar pensamentos
Atrás das lentes eu a observava
Plena e pacata
Deliberando sorrisos
Ela percorria só
Dançante nas linhas do mundo
Cerrei os olhos e mirei n’alma
De volta ao finito
Este medo mais lindo
Puro e feito de lírio
Como um demônio nato
Vindo com dentes na garganta
Consumindo com um beijo doce letal
Assim minha paz existira novamente
Assim ela curou o cravo em meu peito
E o silencio partiu como leve
Na planície em seu altar
Prosseguia incandescente
No silencio a galopar
Seu cavalo iluminado
Parte com olhos e dentes
Reluzindo ouro e prata
Às vezes Oricalco
Transitava nas tormentas
Impondo glória em seu feitio lunar
Em um salto no tempo
esta agora em outro lugar
Poema do livro O Palhaço de ferro de Guga Borba
(mas ainda não está nas bancas)
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