quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A terceira carta para Genaro

Onde esta você senão tão longe
No instinto febril arremesso meu peito
Descanso minhas falanges e aguardo
Mas tua voz não me esclarece
Não me adormece

Talvez se lembrasse sempre
Que vivia todavia a me salvar
Acendia a tocha que iluminava
A estrada fulminante
Que sempre me atravessava

Foram construídas torres tortas
E outras tão certas
Tão belas e impressionantes
No braço de um rio alucinante
Tua sincera palavra
Que tanto me faz falta

Aguardo inquieto
Num momento irrelevante



Poema do livro O Palhaço de ferro de Guga Borba
(mas ainda não está nas bancas)

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