Divina
e certa
As
vezes vai
As
vezes não volta
A
travessura tão peralta
Em
minha própria vereda
Vinde
em minhas pedras e fadas
Veja
como o lago aguarda
Em
pura solidão
Atirado
em descanso
Numa
rede de pétalas sem cor
Em
sigilo percorro teus olhos
Para
ouvir o teu corpo bramar
Alimento-me
do grito
Em
sua fúria mais vital
Adormeço
para não acirrar
Eis
que se ergue tão ébria a sua ausência
Sempre
que no passado estive
No
presente me deixei
Miro
agora no futuro
Que
o escuro tem de deixar
Pois
é a alma
A máquina
do tempo
Poema do livro O Palhaço de ferro de Guga Borba
(mas ainda não está nas bancas)
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